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Banco Mundial prepara expansão do Kwenda às cidades: famílias de Luanda e Cabinda podem receber apoios

O Banco Mundial anunciou a intenção de levar o programa de transferências monetárias Kwenda para áreas urbanas e periurbanas de Luanda e Cabinda, numa fase piloto que poderá transformar a abrangência do maior esquema de apoio social em Angola.

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A medida surge no quadro da segunda fase do Programa de Fortalecimento da Protecção Social Kwenda, em vigor até 2029, financiado pelo Banco Mundial em 400 milhões de dólares, dos quais 25% já foram desembolsados. No total, o programa prevê beneficiar 1,6 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade.

Segundo o representante do Banco Mundial para Angola e São Tomé e Príncipe, Juan Carlos, a decisão de testar o Kwenda em áreas urbanas está directamente ligada à necessidade de mitigar o impacto da retirada dos subsídios aos combustíveis. “O programa foi concebido para as zonas rurais, mas precisamos adaptá-lo às especificidades das cidades, onde a dinâmica social e económica é completamente diferente”, explicou.

Enquanto no campo os beneficiários utilizam as ajudas sobretudo para comprar sementes e investir em agricultura, nas cidades a lógica de consumo será distinta. O responsável sublinhou que o programa não se limita a compensar os efeitos das reformas dos subsídios, mas pretende criar mecanismos de resiliência social para os mais pobres.

Executado pelo Fundo de Apoio Social (FAS), o Kwenda nasceu como uma rede de segurança rural, mas com este ensaio urbano poderá abrir caminho a uma das maiores transformações sociais da última década em Angola, ao estender o apoio directo a famílias vulneráveis das cidades mais populosas.