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Bodiva regista queda de 22,42 por cento em 2024

A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva) registou, em 2024, mais de 10.300 negociações no montante de seis biliões de kwanzas, representando uma redução de 22,42 por cento face ao período homólogo.

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Em declarações à imprensa, o administrador executivo da Bodiva, Dilson Gaspar, explicou que o decréscimo revela-se um “ajustamento ao normal”, atendendo que 2023 foi um ano atípico, “com uma desvalorização cambial bastante expressiva”.

“O kwanza estava a ser transaccionado na ordem dos 500 kwanzas por dólar e passou a 800 kwanzas, um investidor avisado vai procurar activos de refúgio para proteger o seu capital, daí em 2023 nós termos registado um valor maior no número de transacções”, frisou.

De acordo com o Relatório Anual dos Mercados, divulgado esta Quinta-feira no Fórum Bodiva 2025 com o lema “O Caminho para a Bolsa”, 2023 registou o montante de 7,8 biliões de kwanzas, 1,8 biliões de kwanzas acima do alcançado no ano passado.

Segundo Dilson Gaspar, em 2024, os números voltaram ao normal, destacando que a tendência em todos os anos anteriores a 2023 foi de subida de resultados.

No relatório indica-se que o volume de negócios registou um crescimento de 105,16 por cento face ao período homólogo, totalizando 10.238 transacções, contra as 5746 registadas em 2023, mantendo-se a tendência crescente.

Na apresentação dos dados, Dilson Gaspar referiu que os investidores estão a participar mais no mercado e a entrada de novos instrumentos fez aumentar o “apetite ao mercado”, destacando que, no terceiro trimestre do ano em análise, o nível de negócios envolvendo acções representou 50 por cento de todas as negociações da Bodiva.

No que se refere às contas de custódias, estavam até Dezembro do período em referência 35 mil contas abertas, contudo, houve um decréscimo de 68,86 por cento.

Na sua intervenção, a presidente da comissão executiva interina da Bodiva, Cristina Lourenço, referiu que os resultados atingidos “são o reflexo do esforço conjunto do sector para consolidar um mercado sólido e dinâmico”.

Segundo Cristina Lourenço, a confiança dos investidores e o aumento expressivo das transacções é o caminho certo para fortalecer o mercado nacional e atrair mais capital para a economia angolana.

C/VA

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