Directora do FMI diz dinheiro “desperdiçado” em subsídios em Angola poderia criar emprego e dinamizar negócios
O Fundo Monetário Internacional lançou um aviso contundente ao Governo angolano: os subsídios aos combustíveis estão a favorecer sobretudo os cidadãos com maior poder económico e devem ser retirados de forma faseada, para que as verbas poupadas reforcem o apoio às famílias vulneráveis. A posição foi assumida pela directora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, após o encontro com o Presidente João Lourenço, esta Quinta-feira, em Luanda.

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Georgieva elogiou o caminho das reformas iniciadas em 2017, mas reforçou que Angola precisa de orientá-las “para aquilo que muda a vida das pessoas”. Por isso, insistiu na remoção gradual dos subsídios, que, segundo referiu, “consomem 2,5 por cento do PIB” e são actualmente capturados “pelos que menos precisam”. A responsável defendeu que o Estado deve, antes de eliminar os apoios, proteger quem seria directamente afectado.
A líder do FMI questionou ainda por que razão os mais ricos devem continuar a beneficiar de combustível a preço reduzido, apelando a que esses recursos sejam canalizados para sectores com impacto social imediato, como emprego jovem, pequenas empresas e educação. “Com este dinheiro, poderiam criar-se oportunidades reais para quem luta por uma vida melhor”, afirmou.
Georgieva destacou também o programa Kwenda, que assiste 1,7 milhões de angolanos, embora tenha admitido que ampliar e tornar eficaz este apoio constitui “um enorme desafio”. Garantiu, no entanto, que o objectivo é assegurar que “nenhuma família vulnerável fique desprotegida”.
A directora-geral deixou elogios ao papel de Angola na liderança da União Africana, sobretudo pela aposta na infraestrutura e na conectividade do continente. Sublinhou ainda que o país tem vindo a consolidar as bases para o crescimento, mas alertou que as reformas não podem abrandar num contexto global marcado por instabilidade geopolítica, avanços tecnológicos e impactos climáticos.
Durante a visita a Angola, Kristalina Georgieva reúne-se também com estudantes da Universidade Católica de Angola e visita a sede da ‘startup’ de mobilidade urbana ANDA.
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