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Europa e África reúnem-se em Luanda para impulsionar agenda de 300 mil milhões de Euros

A capital angolana prepara-se para acolher, a 24 e 25 de Novembro, uma das mais aguardadas cimeiras do ano: o encontro União Europeia–União Africana, que, segundo o Ministério das Relações Exteriores, poderá desencadear um novo e decisivo impulso no vasto pacote de investimentos do Global Gateway.

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Numa reunião realizada esta segunda-feira, em Luanda, altos responsáveis de vários departamentos ministeriais e dos órgãos de segurança analisaram o grau de prontidão do país para receber o evento, que chega num momento de intensa disputa internacional pela influência no continente africano.

A cimeira pretende reforçar e consolidar a Visão Conjunta UE–UA para 2030, que ambiciona maior prosperidade económica, avanços no desenvolvimento humano, governação mais sólida, proteção ambiental e defesa do multilateralismo.

Além do financiamento associado ao Global Gateway, os líderes europeus e africanos deverão aprofundar debates sobre paz e segurança, integração económica, comércio, direitos humanos, migração, mobilidade e resposta às alterações climáticas.

O Global Gateway, iniciativa europeia que prevê mobilizar até 300 mil milhões de euros até 2027 — metade direccionados para África, inclui projectos estruturantes nos domínios da energia, digitalização, transportes, educação e saúde. Entre eles, destaca-se o Corredor do Lobito, ligação ferroviária e logística entre Angola, a República Democrática do Congo e a Zâmbia, considerado essencial para reduzir custos, facilitar exportações, atrair investimentos e diversificar a economia angolana.

O Ministério das Relações Exteriores sublinha ainda que a cimeira deverá acelerar a implementação final do Acordo de Samoa África–UE, cuja ratificação envolve governos, parlamentos e organizações da sociedade civil.