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João Lourenço reconhece falhas, mas garante avanços no ambiente de negócios em Angola

Presidente aponta melhorias e promete continuar a atrair investimento estrangeiro, enquanto reforça laços com a Alemanha

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Há 3 horas
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O Presidente da República, João Lourenço, admitiu esta quarta-feira, em Luanda, que o ambiente de negócios em Angola “ainda está longe da perfeição”, mas destacou os progressos registados nos últimos anos, assegurando que o Executivo continuará empenhado em torná-lo cada vez mais atractivo para o investimento estrangeiro.

Falando em conferência de imprensa no Palácio Presidencial, após o encontro com o homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier, o Chefe de Estado sublinhou que “os factos falam mais alto do que as palavras”. “Hoje, temos empresas estrangeiras de peso que regressaram a Angola, depois de se terem retirado devido ao mau ambiente de negócios. Este é um sinal inequívoco de melhoria”, afirmou.

Apesar de reconhecer avanços, João Lourenço admitiu que há “aspectos a aperfeiçoar”. “Nada é perfeito, mas não cruzaremos os braços. Há ainda muito por fazer até atingirmos um patamar de excelência”, frisou.

A visita do Presidente alemão, recebida com honras militares, resultou na assinatura de dois acordos estratégicos: um contrato com a Lufthansa para apoiar a reestruturação da TAAG e um memorando para a criação de um polo agroindustrial em Angola. O Chefe de Estado angolano destacou que estas parcerias reforçam as relações bilaterais, sobretudo nos sectores da agricultura, energia, saúde e transportes.

João Lourenço manifestou ainda o desejo de atrair mais investimento privado alemão, com destaque para o turismo e a produção de medicamentos e vacinas, lembrando que “no Huambo já se ergue uma unidade deste género”. “Se soubermos aproveitar as oportunidades, ambos os países sairão a ganhar”, afirmou.

Sobre as alterações climáticas, o Presidente angolano anunciou que não participará pessoalmente na próxima COP30, mas garantiu representação do país. “Esperamos que os compromissos financeiros em apoio aos países mais afectados se tornem realidade”, defendeu, apelando à união global para “salvar o planeta”.