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Massanga Savimbi promete levar a UNITA ao poder em 2027

O político Rafael Massanga Savimbi, filho do fundador da UNITA, formalizou esta terça-feira a sua candidatura à presidência do partido, afirmando que o seu objectivo é conduzir a UNITA ao poder político em 2027.

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Em ambiente de euforia, cânticos e danças, o acto decorreu no complexo da SOVSMO, em Luanda, e contou com a presença de dirigentes históricos, militantes e membros do braço feminino do partido, trajadas de verde e vermelho. Acompanhado pela mãe, pela esposa e por veteranos da UNITA, Massanga Savimbi apresentou duas pastas de documentação à comissão de mandatos responsável pelo XIV Congresso Ordinário, agendado para 28 a 30 de Novembro, na capital.

A mandatária da candidatura, Amélia Judith Ernesto, descreveu o aspirante como o rosto da “renovação com continuidade”, um líder jovem “maduro, dialogante e respeitador da história” que carrega “a coragem e a responsabilidade de fazer diferente”. Sublinhou ainda que a sua candidatura “não é apenas sobre liderança partidária, mas sobre a reconstrução moral e ética da política angolana”, defendendo uma governação marcada pela transparência, responsabilidade e respeito à dignidade nacional.

Em declarações à imprensa, Rafael Massanga Savimbi considerou a formalização da sua candidatura “um passo essencial” e garantiu que o processo interno “não dividirá o partido”. Pelo contrário, disse acreditar que a UNITA “sairá mais forte e unida para vencer as eleições de 2027”.

“Este é o momento de dar o meu contributo para que a UNITA se unifique, se organize melhor e dispute taco a taco com o MPLA. Entro nesta corrida para ajudar o partido a conquistar o poder político”, afirmou.

O político de 47 anos irá enfrentar o presidente cessante, Adalberto Costa Júnior, que apresentou a sua recandidatura na semana passada, apoiado por mais de uma centena de personalidades do partido. Massanga desvalorizou o manifesto de apoio ao actual líder, garantindo que “a disputa será feita com diálogo, respeito e contacto directo com os militantes e a sociedade civil”.

Questionado sobre a recente condecoração póstuma de Jonas Savimbi anunciada pelo Presidente João Lourenço, Massanga considerou o gesto “justo e meritório”.

“Não se trata de perdão, mas de reconhecimento. Jonas Savimbi, Holden Roberto e Agostinho Neto trabalharam todos pela independência de Angola”, frisou.

De acordo com o coordenador da comissão de mandatos, Silvestre Samy, a candidatura de Massanga Savimbi junta-se a outras manifestações de interesse, embora se espere que a corrida à liderança se resuma a dois principais concorrentes. O prazo para a entrega das candidaturas termina esta quarta-feira.