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GOLPE DE ESTADO NA BOLÍVIA: Militares nas ruas, gás lacrimogéneo e um palácio cercado

Tudo parado. Nada nem ninguém poder circular mais que os militares.

Registro autoral da fotografia

Há 6 meses
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“Um tanque do exército é visto a bater na entrada do palácio nacional da Bolívia, enquanto soldados entram no edifício”. O relato é de uma testemunha da agência Reuters, mas pouco depois as redes sociais inundaram-se com essa mesma imagem.

Um tanque, tal como a testemunha descrevia, é visto a arrombar a porta principal da residência do presidente boliviano. Lá dentro estava Luis Arce, presidente em funções, que minutos antes denunciava de forma preocupada o levantamento de uma rebelião militar.

Era mesmo assim. É mesmo assim. A Bolívia está perante um golpe de Estado liderado pelo chefe do exército, o general Juan José Zúñiga, que por ali entrou a ameaçar tomar a sede do executivo.

Isto porque horas antes o general tinha sido demitido por ameaçar o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, a quem ameaçou deter caso voltasse a tentar ser eleito para o cargo máximo do país.

Foi o próprio Evo Morales a falar em golpe de Estado. Através de uma publicação na rede social X, o ex-presidente do país, disse que está em curso um “golpe de Estado”, apelando a uma “mobilização nacional” para “defender a democracia”.

“Apelamos a uma mobilização nacional para defender a democracia face ao golpe de Estado liderado pelo General Zuñiga. Declaramos greve geral e bloqueio de estradas por tempo indeterminado. Não permitiremos que as Forças Armadas violem a democracia e intimidem o povo”, escreveu Evo Morales.