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MINSA envia mais de 1.200 profissionais para formação no Brasil

O Ministério da Saúde anunciou a abertura de 1.291 vagas para formação especializada no Brasil, numa iniciativa de grande envergadura destinada a reforçar a capacidade técnica dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde e elevar a qualidade dos cuidados prestados em Angola.

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Há 20 horas
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As bolsas inserem-se no Programa Nacional de Formação de Recursos Humanos em Saúde, desenvolvido no âmbito do projecto Human Resources Capacity for Universal Health Coverage in Angola. A medida contempla especialidades consideradas críticas para o sistema de saúde, entre as quais cardiologia, oncologia, medicina intensiva, enfermagem, saúde mental, fisioterapia, engenharia clínica e vigilância epidemiológica.

De acordo com o comunicado divulgado pela tutela, as vagas foram distribuídas por diversas unidades sanitárias do país, como o Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, o Hospital Geral de Luanda, a Maternidade Lucrécia Paim, o Instituto Angolano de Controlo do Cancro, o Hospital Josina Machel, entre outros centros de referência nacionais e provinciais.

O programa conta com a colaboração de prestigiadas instituições brasileiras, incluindo a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no quadro de um protocolo de cooperação internacional financiado pelo Banco Mundial.

Até 2028, prevê-se a formação de 38 mil profissionais de saúde, dos quais apenas 20% receberão capacitação no estrangeiro, mantendo-se 80% da formação em território nacional. O objectivo é consolidar uma rede de ensino técnico contínuo, capaz de sustentar a cobertura universal em saúde.

Segundo dados oficiais, mais de 11 mil profissionais já beneficiaram de acções formativas dentro e fora do país, o que representa um avanço significativo na modernização do sistema.

Para o coordenador do projecto, Job Monteiro, trata-se de uma fase “decisiva” para a melhoria da saúde pública angolana. “O sucesso desta etapa depende do envolvimento activo das unidades hospitalares no preenchimento célere das vagas disponíveis. Só com profissionais devidamente capacitados poderemos garantir atendimento de qualidade em todo o território nacional”, sublinhou.