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MPLA repudia actos de vandalismo e apela à juventude para não ceder à manipulação

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) manifestou, esta Segunda-feira, uma condenação firme aos actos de vandalismo registados em diversos pontos de Luanda, sublinhando os elevados prejuízos materiais causados ao Estado, a empresas e a famílias, e apelou aos jovens para que não se deixem instrumentalizar por indivíduos ou grupos promotores da violência.

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Há 3 semanas
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Num comunicado divulgado pelo Bureau Político do Comité Central, o partido no poder classificou os acontecimentos como atentatórios à ordem e tranquilidade públicas, considerando que os mesmos comprometeram o bem-estar dos cidadãos e a estabilidade da capital.

O MPLA associou ainda os distúrbios a uma tentativa de perturbar o clima de preparação para as comemorações do 50.º aniversário da Independência Nacional, previstas para Novembro deste ano, e denunciou o carácter “antipatriótico” dos actos, que considera contrários aos valores da reconciliação, paz e progresso.

“O Bureau Político condena de forma veemente estes comportamentos e exorta a juventude angolana a adoptar uma postura cívica e responsável, recusando qualquer forma de manipulação que vise desestabilizar o país”, lê-se na nota.

O partido apelou igualmente às autoridades judiciais e de segurança para que prossigam com as investigações, identificando e responsabilizando, de forma célere e exemplar, os autores materiais e morais das acções violentas.

Também a UNITA, principal força da oposição, reagiu aos acontecimentos, lamentando as mortes e a destruição de bens. Num posicionamento público, o partido chamou à atenção para a necessidade de diálogo entre os diversos actores políticos e sociais, alertando para a eventual infiltração de grupos com intenções de sabotagem.

Ambos os partidos sublinharam a importância de preservar a paz social e apelaram ao respeito pela Constituição e pelo direito à manifestação, salientando, contudo, que este deve ser exercido dentro dos limites da lei.

Os incidentes desta Segunda-feira coincidiram com o arranque de uma paralisação de três dias promovida por taxistas em protesto contra o aumento dos preços dos combustíveis, tendo resultado em actos de vandalismo, pilhagens, barricadas nas vias e confrontos entre manifestantes e forças de segurança.