Nunca existiu Reserva Estratégica em Angola? Plano do Governo sobre o REA ´cai por terra´ com a saída do Grupo Carrinho
Angola enfrenta uma grave escassez de milho, com uma diferença ´astronómica´ entre a produção nacional e o consumo. A falta de logística e infraestrutura na gestão da Reserva Estratégica Alimentar (REA) impede a operacionalização da iniciativa, que deveria garantir a segurança alimentar da população.

Registro autoral da fotografia
Angola, um país que deveria assegurar a sua soberania alimentar, vê-se agora à mercê de uma crise que coloca em risco a alimentação da sua população. Com uma produção anual de milho entre 3,5 a 4 milhões de toneladas, enquanto o consumo atinge os 10 milhões, a situação torna-se insustentável. A tão aguardada Reserva Estratégica Alimentar (REA), prometida pelo governo desde 2022, continua sem funcionar, mesmo após a saída do grupo Carrinho em meados de 2023.
Fontes do Governo, citadas pelo Expansão, apontam a falta de capacidade logística como um dos principais obstáculos à implementação da REA. O novo modelo de gestão, entregue ao Entreposto Aduaneiro de Angola (EAA), enfrenta sérias limitações, como a ausência de infraestruturas adequadas para armazenar e processar produtos essenciais. “O EAA não tem armazéns, silos ou indústrias para o processamento do grão,” afirma uma fonte, enfatizando que a privatização de silos no âmbito do Programa de Privatizações (PROPRIV) acabou por prejudicar a capacidade de armazenamento.
A REA, que tinha como objectivo garantir produtos básicos a preços acessíveis e evitar a especulação, tornou-se um fiasco sob a gestão do grupo Carrinho. O governo havia entregado a gestão à Gescesta, uma entidade com ligações obscuras a investidores externos, mas a falta de transparência na gestão e a quase total ausência de compras a produtores locais tornaram evidente a ineficácia do modelo. Muitos agricultores nacionais nunca souberam da intenção do governo em adquirir os seus produtos.
Em 2022, um contexto eleitoral, em que o governo artificialmente valorizou o kwanza, levou a uma diminuição dos preços dos produtos importados, beneficiando a gestão da REA, mas prejudicando os produtores locais que lutavam para escoar as suas colheitas.
Tentativas de subsidiar a produção nacional também falharam. Propostas para apoiar pequenos produtores através de financiamento bancário, com garantias do Estado, foram rejeitadas. “Entendemos que falta vontade de quem está à frente do processo de relançar a REA,” conclui a fonte do Expansão.
PONTUAL, fonte credível de informação.
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