País com 52 mortes por mil crianças até aos cinco anos: malária, infecções e desnutrição entre principais causas
Angola regista anualmente a morte de 52 crianças por cada mil nascidas vivas antes de atingirem os cinco anos de idade, revelou esta quarta-feira, em Maputo, a presidente do Comité Técnico de Aconselhamento para a Vacinação em Angola, Rosa Moreira. A responsável falava no Fórum Global de Inovação e Acção para a Imunização e Sobrevivência Infantil – 2025, onde apresentou indicadores que confirmam progressos, mas também desafios persistentes no sector da saúde infantil.

Registro autoral da fotografia
Entre 2015 e 2024, o país conseguiu reduzir a taxa de mortalidade de menores de cinco anos de 68 para 52 por mil nados vivos, enquanto a mortalidade neonatal caiu de 24 para 16, e a infantil que abrange crianças até ao primeiro ano de vida recuou de 44 para 32, também por mil nados vivos.
Apesar dos avanços, Rosa Moreira alertou para as principais causas que continuam a ditar a morte de milhares de crianças em Angola: a malária, no topo da lista, seguida por infecções respiratórias agudas, doenças diarreicas e desnutrição crónica. Também a mortalidade entre adolescentes motiva preocupação crescente, estando associada sobretudo a complicações obstétricas derivadas de gravidezes precoces (com uma taxa de incidência de 27%), infecções sexualmente transmissíveis, acidentes rodoviários e outras formas de trauma.
Para inverter estes indicadores, o Governo angolano pretende investir na capacitação de recursos humanos e reforçar a presença de profissionais de saúde nas zonas rurais, com incentivos e planos de rotatividade. A meta passa por formar, até 2029, cerca de 40 mil técnicos vocacionados para a atenção pediátrica e perinatal. Paralelamente, será lançada uma nova estratégia de vacinação que incluirá, entre outras, a introdução da vacina Hexavalente e, pela primeira vez, uma vacina contra a malária.
O fórum decorre até quinta-feira em Maputo, contando com a presença de mais de 300 participantes oriundos de 29 países. Entre eles, ministros e vice-ministros da saúde, investigadores, académicos e representantes da sociedade civil.
Na sessão de abertura, o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, sublinhou a preocupação com o ritmo lento na redução da mortalidade infantil na África subsaariana, região que continua a liderar em número de mortes de menores de cinco anos a nível mundial. Chapo apelou à mobilização de um novo compromisso político em defesa da infância.
Já o director-geral do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique, Samo Gudo, lembrou que, apesar dos avanços das últimas décadas em que a mortalidade infantil global passou de 12,8 milhões em 1990 para 4,8 milhões em 2023 desde 2015 regista-se uma desaceleração preocupante, que poderá comprometer o cumprimento dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) em pelo menos 60 países africanos.
O encontro internacional é promovido pelos governos de Moçambique, Serra Leoa e Espanha, em parceria com as fundações “la Caixa”, Bill & Melinda Gates e a UNICEF.
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