PGR sem provas para incriminar altas figuras do Estado envolvidas no contrabando de combustíveis
A teia de corrupção que envolve o contrabando de combustíveis em Angola continua sem rostos nem culpados. Apesar das denúncias feitas pela Casa Militar da Presidência da República em setembro de 2024, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda não conseguiu reunir provas que permitam acusar oficialmente as altas figuras do Estado supostamente envolvidas no esquema milionário.

Registro autoral da fotografia
Os nomes dos suspeitos continuam guardados a “sete-chaves”, segundo revelou o Novo Jornal, e até ao momento não há qualquer arguido constituído. Fontes ligadas ao processo asseguram que a falta de provas materiais incriminatórias tem travado qualquer avanço judicial contra os envolvidos, apesar das acusações feitas pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar, general Francisco Pereira Furtado.
A PGR, temendo um erro fatal, evita apontar o dedo sem provas concretas. “Acusar uma alta figura do Estado sem conseguir sustentar a acusação em tribunal seria um desastre”, afirmou uma fonte próxima do processo.
Entretanto, analistas políticos não têm dúvidas de que o poder está a proteger os seus. Falando à Rádio Correio da Kianda, o analista Albino Pakisi defendeu que o primeiro passo para um verdadeiro combate ao contrabando deveria ser o afastamento imediato dos suspeitos dos seus cargos no aparelho do Estado. “Se os nomes estão escondidos, é porque há algo a temer”, insinuou.
Pakisi ainda aponta a exoneração do ex-ministro do Interior, Eugénio Laborinho, como um forte indício de que pessoas próximas a ele podem estar envolvidas neste escândalo. Para ele, mesmo sem provas concretas, a PGR deveria mostrar sinais claros de que está a perseguir os responsáveis por lesar o Estado em milhões de dólares.
Já o politólogo Horácio Nsimba classifica o caso como “bicudo e sensível”, alertando que a falta de coragem política e judicial pode acabar por enterrar qualquer tentativa de responsabilização. “O país inteiro está a assistir a este espetáculo vergonhoso, onde há denúncias de corrupção, mas ninguém é punido”, criticou.
Apesar do impasse, Nsimba reforça que a rede criminosa precisa de ser urgentemente desmantelada, sob pena de o contrabando continuar a drenar os cofres públicos e agravar a crise no setor energético. Ele também alerta para os possíveis impactos de uma subida dos preços dos combustíveis, caso o esquema continue impune.
Resta saber se a PGR conseguirá, de facto, romper este círculo de impunidade ou se as altas figuras do Estado envolvidas no esquema continuarão intocáveis.
PONTUAL, fonte credível de informação.
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