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Planeamento e embaixada britânica rubricam acordo para estruturar projectos de investimento

Angola ganhou esta segunda-feira um novo aliado estratégico: o Reino Unido assinou, em Luanda, um memorando de entendimento que promete revolucionar o desenvolvimento de Parcerias Público-Privadas (PPP), trazendo know-how britânico, modelos de referência e uma plataforma para preparar projectos de grande envergadura.

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O acordo, rubricado pelo embaixador britânico, Bharat Joshi, e pelo ministro do Planeamento, Vítor Hugo Guilherme, abre a porta a projectos estruturados e bancáveis, com potencial para atrair investimento competitivo e reduzir riscos políticos e operacionais. Energia, transportes, logística e diversificação económica surgem como sectores prioritários, considerados de elevado retorno e estratégicos para o futuro do país.

Segundo o Ministério do Planeamento, este memorando garante aos investidores britânicos acesso privilegiado a mecanismos que reduzem custos de transacção e aceleram prazos de execução, fortalecendo ao mesmo tempo a capacidade institucional angolana.

Durante a cerimónia, Bharat Joshi foi categórico: “Este memorando é mais do que um documento. É um compromisso partilhado para resultados concretos, justo, transparente e sustentável, pensado não apenas para hoje, mas para as próximas gerações”.

Numa primeira fase, o acordo foca-se na transferência de conhecimento e na formação de quadros angolanos, sem financiamento directo. Contudo, o embaixador não deixou dúvidas de que instituições como a UK Export Finance (UKEF) e a British International Investment (BII) poderão, no futuro, injectar capital em projectos nacionais, aproveitando a solidez da praça financeira de Londres.

Joshi sublinhou ainda que, para além do Corredor do Lobito, já existem empresas britânicas interessadas em sectores como a energia, agricultura e mineração: “Angola tem um potencial gigantesco e o Reino Unido quer estar ao lado do Governo para transformar estas oportunidades em realidade”.