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Vera Daves promete gestão mais madura da dívida e transparência total nas finanças públicas

gola entra numa nova era de gestão da dívida pública. A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, afirmou que o país segue actualmente uma estratégia de endividamento mais madura, previsível e transparente, marcada por uma confiança renovada dos investidores internacionais.

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Há 22 horas
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A governante falava esta terça-feira, em Luanda, na abertura da conferência “Angola, 10 anos de Eurobonds”, evento que assinala uma década desde a estreia de Angola nos mercados internacionais de capitais.

Para a ministra, o percurso iniciado há dez anos simboliza a consolidação da credibilidade financeira e institucional do Estado angolano. “Em 2015, demos um passo inédito e corajoso, colocando o país sob o olhar atento dos investidores e das agências de rating. Hoje, celebramos a credibilidade onde antes havia desconfiança”, declarou.

Vera Daves destacou que, ao longo da última década, a consistência das políticas económicas e o cumprimento rigoroso das obrigações foram determinantes para a construção de uma reputação sólida. “Respondemos com seriedade aos choques económicos e mantivemos o compromisso com o serviço da dívida pública”, frisou.

De acordo com a ministra, os Eurobonds não só garantiram financiamento para projectos estruturantes, como também serviram para assegurar liquidez em períodos de pressão orçamental, permitindo a continuidade dos serviços públicos.

Nos últimos anos, explicou, as emissões de dívida externa têm sido usadas de forma mais estratégica, em operações de gestão activa dos passivos, reduzindo riscos de refinanciamento e suavizando o perfil da dívida.

“Cada emissão respondeu a uma necessidade imediata, mas todas contribuíram para uma política mais racional e responsável. Aprendemos a gerir melhor, a planear com mais rigor e a comunicar com maior transparência”, afirmou.

Vera Daves sublinhou ainda que a descida recente das taxas de rendimento das Eurobonds reflecte o reconhecimento internacional dos progressos macroeconómicos de Angola. “Essa confiança é um activo precioso que devemos preservar”, observou.

No ano em que o país celebra 50 anos de independência, a titular das Finanças reforçou o compromisso do Executivo com a transparência, a boa governação e a sustentabilidade das contas públicas, sublinhando que “a credibilidade constrói-se com persistência e a confiança conquista-se com resultados”.