Angola reconhece problema de liquidez na origem de atrasos em pagamentos a empresas
A ministra das Finanças admitiu à Lusa que um problema de liquidez está na base dos atrasos dos pagamentos a empresas com contratos com o Estado, mas garantiu que a situação será regularizada, embora sem prazos definidos.

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Em entrevista à Lusa na Sexta-feira em Washington, à margem das reuniões de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, a ministra Vera Daves confirmou que há empresas sem receber desde Outubro, mas frisou que o “Estado vai continuar a fazer a sua parte para honrar com os seus compromissos” e “procurar sempre fazer mais com menos”.
“O serviço da dívida consome metade daquela que é a nossa despesa, de modo que é exigente. E vamos continuar a fazer o melhor para ir reduzindo gradualmente o peso do serviço da dívida no orçamento e, assim, libertar liquidez para poder executar mais despesa de bens e serviços e mais despesa de capital”, afirmou a governante.
“É uma questão de tesouraria […]. É, sim, uma situação de liquidez que assumimos, assim como assumimos o nosso compromisso de ir endereçando, quer pela via do aumento da receita, quer pela via de uma gestão responsável da dívida, quer pela via de desafiar todos os gestores públicos, inclusive no Ministério das Finanças, para sermos assertivos nas despesas que realizamos e procurarmos sempre fazer mais com menos”, acrescentou.
Desde Outubro de 2024, várias empresas prestadoras de serviços estão sem receber os pagamentos devidos pelo Estado, havendo relatos de companhias à beira de um colapso financeiro.
Vera Daves disse à Lusa que alguns pagamentos foram sendo feitos desde então e que “não está toda a gente sem receber desde Outubro”, mas admitiu que os pagamentos estão a “levar mais tempo do que aquilo que gostaria, que é a média de 90 dias”.
A ministra não conseguiu adiantar uma data para regularizar a situação, uma vez que dependerá das iniciativas que o executivo está a levar a cabo para mobilizar liquidez.
“À medida que formos mobilizando, também vamos pagando”, disse.
No entanto, Daves incentivou os empresários angolanos a explorar outros mercados e interacções com entidades privadas, uma vez que “alguns negócios estão estruturados de tal forma que 80 por cento a 90 por cento” da sua actividade é com o Estado.
“Isso é uma exposição grande. Obviamente não estou a dizer: parem de negociar com o Estado. Mas certamente é necessário pensar em formas de diversificar o seu portfólio de clientes, olhando também para o sector privado e olhando para a região, porque muitas das vezes temos oportunidades na região”, advogou, dando como exemplo a Namíbia ou a Zâmbia.
C/VA
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