Cidadãos da CPLP em Portugal chamados a partir da próxima semana para trocar títulos de residência
Os 220 mil cidadãos dos países lusófonos com títulos de residência precários em Portugal começam a ser chamados a partir da próxima semana para recolha de dados biométricos e emissão de cartão que lhes permite circular na Europa.

Registro autoral da fotografia
O anúncio foi feito pelo ministro português da Presidência, António Leitão Amaro, na conferência de imprensa após o conselho de ministros.
“Acaba de ser publicada a portaria, assinada pelos ministros da Presidência, Justiça e Administração Interna, que permite resolver uma situação de precariedade com os títulos de residência de 220 mil cidadãos estrangeiros”, disse, referindo-se aos cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Ao abrigo de uma portaria de 2023 estes cidadãos obtiveram um título administrativo de residência, um documento emitido em folha de papel formato A4 e que não lhes permitia circular pelo espaço Schegen.
Leitão Amaro avançou que estes cidadãos da CPLP vão começar a ser chamados a partir da próxima semana para recolha de dados biométricos e verificação dos documentos necessários para substituição e renovação dos títulos de residência emitidos.
Estes 220 mil cidadãos lusófonos vão ser chamados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).
Entre os documentos necessários está, segundo o despacho publicado em Diário da República, a apresentação do registo criminal do país de origem no momento da renovação e substituição dos títulos de residência que resultaram de conversões de manifestação de interesse.
”Sempre que tenha sido emitido um título de autorização de residência com base neste modelo, agora revogado, sem que tenha sido verificado o registo criminal do país de origem do seu titular, sendo este um requisito para a obtenção de qualquer autorização de residência, é necessário garantir o seu cumprimento”, refere o despacho.
Leitão Amaro sublinhou que estes 220 mil cidadãos não estão incluídos nos 440 mil imigrantes com processos pendentes quando o SEF foi extinto e estão a ser tratados na AIMA.
“Não estamos a falar dos 440 mil que AIMA está a tratar. Estamos a falar dos 220 mil que vieram para Portugal, receberam um título de residência, mas que era demonstrado por um papel, que não lhes permitia circular e não tinham controlos de segurança fundamentais para um país que é rigoroso”, disse o ministro.
O governante frisou que este diploma acaba com esse título precários em papel, passando a substitui-lo por “um cartão de residência cuja sua concessão implica a recolha de dados biométricos e verificação dos documentos necessários”.
“Conseguimos dar dignidade e eliminar esta discriminação negativa. Dar mais segurança para o país e para o processo porque recolhemos os dados biométricos e verificámos a documentação”, salientou.
O despacho refere também que “este modelo, agora abandonado, motivara o acionamento do Estado português por alegado incumprimento com o previsto no regulamento (CE) n.º 1030/2002, do Conselho, de 13 de Junho de 2002, que estabelece um modelo uniforme de título de residência para os nacionais de países terceiros, com determinadas especificações que asseguram e uniformizam a segurança e a qualidade dos títulos de autorização de residência na União Europeia”.
A este respeito, Leitão Amaro afirmou que fica resolvido com esta alteração “o processo de infrcação europeu por incumprimento do direito europeu” que Portugal estava a passar.
Nesse sentido, o cartão de residência utiliza o modelo uniforme emitido de acordo com as regras em vigor na União Europeia.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os países que fazem parte da CPLP.
C/VA
PONTUAL, fonte credível de informação.
Notícias que você também pode gostar
A parceria entre Angola e a China continua a revelar números impressionantes. Em 2024, o volume das trocas comerciais entre os dois países atingiu os 24 mil milhões de dólares, consolidando a presença chinesa como uma das mais influentes na economia angolana.
Há 17 horas
Velocidade excessiva e estrada escorregadia apontadas como causas do acidente em Quizenga
Há 19 horas
O Presidente de Angola e presidente em exercício da União Africana (UA), João Lourenço, saudou o acordo de paz alcançado entre Israel e o movimento islamista Hamas, classificando-o como “um passo determinante” rumo ao fim de décadas de sofrimento entre os dois povos.
Há 19 horas
A União Europeia decidiu reforçar a sua confiança em Angola com um novo financiamento de 50 milhões de euros destinado ao Projecto de Desenvolvimento Agrícola ao Longo do Corredor do Lobito, conhecido como Agrinvest. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Florestas, Isaac dos Anjos, durante o Fórum Global Gateway 2025, realizado em Bruxelas.
Há 19 horas
Dois anos após o seu lançamento com pompa e circunstância, o satélite angolano Angosat-2 ainda não conseguiu justificar o investimento de 320 milhões de dólares. Até ao momento, as receitas geradas rondam apenas 30 milhões, valor considerado “muito aquém do desejado” pelas autoridades do sector.
Há 20 horas
Espanha vai disponibilizar uma nova linha de crédito no valor de 30 milhões de euros destinada a apoiar pequenos projectos de empresários angolanos em parceria com empresas espanholas, reforçando assim a presença económica ibérica no país.
Há 20 horas
Depois de um dos maiores escândalos de corrupção, a construtora brasileira Odebrecht renasceu em Angola com outro nome, mas com a mesma influência. Rebatizada como OEC (Odebrecht Engenharia & Construção) e posteriormente integrada na holding Novonor, a empresa manteve-se entre as gigantes da construção no país, assegurando contratos milionários com o Estado angolano, mesmo após a sua queda em lástima mundial.
Há 2 dias
Os camaroneses foram este domingo às urnas para decidir se Paul Biya, no poder há mais de quatro décadas, continuará a comandar os destinos do país. Aos 92 anos, o chefe de Estado mais velho de África tenta prolongar o seu reinado até aos 99, num pleito que poderá consolidar o seu estatuto de líder incontornável e, para muitos, quase vitalício.
Há 2 dias
A parceria entre Angola e a China continua a revelar números impressionantes. Em 2024, o volume das trocas comerciais entre os dois países atingiu os 24 mil milhões de dólares, consolidando a presença chinesa como uma das mais influentes na economia angolana.
Há 17 horas
Velocidade excessiva e estrada escorregadia apontadas como causas do acidente em Quizenga
Há 19 horas
O Presidente de Angola e presidente em exercício da União Africana (UA), João Lourenço, saudou o acordo de paz alcançado entre Israel e o movimento islamista Hamas, classificando-o como “um passo determinante” rumo ao fim de décadas de sofrimento entre os dois povos.
Há 19 horas
A União Europeia decidiu reforçar a sua confiança em Angola com um novo financiamento de 50 milhões de euros destinado ao Projecto de Desenvolvimento Agrícola ao Longo do Corredor do Lobito, conhecido como Agrinvest. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Florestas, Isaac dos Anjos, durante o Fórum Global Gateway 2025, realizado em Bruxelas.
Há 19 horas
Dois anos após o seu lançamento com pompa e circunstância, o satélite angolano Angosat-2 ainda não conseguiu justificar o investimento de 320 milhões de dólares. Até ao momento, as receitas geradas rondam apenas 30 milhões, valor considerado “muito aquém do desejado” pelas autoridades do sector.
Há 20 horas
Espanha vai disponibilizar uma nova linha de crédito no valor de 30 milhões de euros destinada a apoiar pequenos projectos de empresários angolanos em parceria com empresas espanholas, reforçando assim a presença económica ibérica no país.
Há 20 horas
Depois de um dos maiores escândalos de corrupção, a construtora brasileira Odebrecht renasceu em Angola com outro nome, mas com a mesma influência. Rebatizada como OEC (Odebrecht Engenharia & Construção) e posteriormente integrada na holding Novonor, a empresa manteve-se entre as gigantes da construção no país, assegurando contratos milionários com o Estado angolano, mesmo após a sua queda em lástima mundial.
Há 2 dias
Os camaroneses foram este domingo às urnas para decidir se Paul Biya, no poder há mais de quatro décadas, continuará a comandar os destinos do país. Aos 92 anos, o chefe de Estado mais velho de África tenta prolongar o seu reinado até aos 99, num pleito que poderá consolidar o seu estatuto de líder incontornável e, para muitos, quase vitalício.
Há 2 dias