Com mandato vencido: Isaias Kalunga insiste em permanecer no CNJ
O mandato de Isaías Kalunga à frente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) já se encontra caducado, mas o dirigente mantém-se em funções, contrariando os apelos para a realização da Assembleia Ordinária de Cessação e Renovação de Mandato, prevista até 27 de Agosto de 2025. A situação tem levantado preocupações quanto à legalidade e ao impacto que poderá ter na credibilidade das instituições e no processo democrático em Angola.

Registro autoral da fotografia
Nas eleições gerais de 2022, o CNJ desempenhou o papel de observador eleitoral, tendo também a missão de sensibilizar e informar os jovens sobre o funcionamento do processo de votação. Contudo, a actuação da organização foi considerada aquém das expectativas. Dos mais de dois mil delegados previstos para formação em Luanda, menos de uma centena recebeu preparação adequada e apenas cerca de metade chegou a exercer funções, não por falta de recursos, mas por alegadas falhas de gestão que, segundo críticas, merecem investigação.
O fraco desempenho do CNJ e a liderança de Kalunga são apontados como factores que contribuíram para a reduzida mobilização juvenil no acto eleitoral. Analistas e sectores da sociedade civil defendem que a instituição precisa de uma liderança renovada, capaz de dialogar de forma efectiva com a juventude, particularmente com os milhares de jovens em situação de desemprego e em zonas periféricas, que se sentem desamparados e excluídos.
Apesar disso, Isaías Kalunga tem insistido em permanecer no cargo, comportamento que críticos associam às vantagens políticas e materiais proporcionadas pela posição do CNJ enquanto observador eleitoral. A sua recente presença em actos da Comissão Nacional Eleitoral reforçou suspeitas de que pretende continuar a representar a juventude angolana, mesmo sem legitimidade formal.
Especialistas defendem que o Ministério da Juventude e Desportos, os tribunais e demais instituições competentes devem pronunciar-se sobre a situação, de modo a salvaguardar o respeito pela legalidade e a confiança dos cidadãos nas instituições. Para vários sectores, a continuidade de Kalunga à frente do CNJ, sem mandato válido, compromete não apenas a credibilidade da organização, mas também o esforço colectivo de consolidação do processo democrático no país.
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