Economista diz que impacto das novas tarifas dos EUA em Angola será mínimo
O economista angolano Flávio Inocêncio disse à Lusa que as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos esta semana vão ter um “impacto mínimo” em Angola, dado que a principal exportação, o petróleo, não sofre alterações.

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“As exportações angolanas dependem muito pouco dos Estados Unidos da América [EUA]. O que Angola exporta mais para esse país é petróleo, no valor de cerca de 700 milhões de dólares, e mesmo aí está isento”, disse o economista.
Em declarações à Lusa a partir de Luanda, Flávio Inocêncio admitiu que se este país “tivesse uma economia mais diversificada, o impacto já seria diferente”, mas este é talvez um dos poucos casos em que o forte impacto do petróleo na economia nacional é uma vantagem.
De acordo com os dados oficiais mais recentes citados pelo economista, Angola exportou 783,7 milhões de dólares em petróleo para os Estados Unidos, muito abaixo dos mais de 16 mil milhões de dólares, equivalentes a quase 14,5 mil milhões de euros, exportados para a China, o principal parceiro comercial de Angola.
“Os EUA eram o maior cliente do petróleo angolano há 20 anos, mas o mapa alterou-se totalmente, hoje vai quase tudo para a Ásia”, disse o economista, salientando que as compras aos EUA representam dois mil milhões de dólares, muito abaixo dos 20 mil milhões de dólares em produtos e serviços comprados à China e dos 17 a 18 mil milhões de dólares importados da União Europeia (UE).
As novas regras apresentadas no início da semana por Donald Trump fazem as tarifas sobre produtos angolanos aumentarem para 32 por cento, face à média de 11 por cento de taxa aduaneira, “mas como Angola não aumentou a sua pauta aduaneira, as novas tarifas não têm impacto nos produtos angolanos vendidos aos EUA”, disse Flávio Inocêncio.
Para além de Angola, os outros membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) abrangidos pela medida anunciada pelo Presidente norte-americano vão registar tarifas de 16 por cento em Moçambique e 13 por cento na Guiné-Equatorial, com os restantes (Brasil, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor-Leste) a enfrentarem tarifas de 10 por cento, enquanto Portugal fica incluído sobre as que recaem sobre a UE.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na quarta-feira novas tarifas norte-americanas de 20 por cento a produtos importados da UE e que acrescem às de 25 por cento sobre os sectores automóvel, aço e alumínio.
As novas tarifas de Trump são uma tentativa de fazer crescer a indústria dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que pune os países por aquilo que disse serem anos de práticas comerciais desleais.
C/Lusa
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