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Exportações de petróleo renderam 8,1 mil milhões de dólares no terceiro trimestre

Angola arrecadou aproximadamente 8,1 mil milhões de dólares, com a exportação de 102,1 milhões de barris de petróleo, no terceiro trimestre deste ano, anunciou esta Quinta-feira o Governo.

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Segundo o director do Gabinete de Estudos Planeamento e Estatística do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Alexandre Garrett, o volume total exportado durante o trimestre em análise representou um aumento de 5,42 por cento, comparativamente ao trimestre anterior, e um aumento de 2,01 por cento em relação ao período homólogo de 2023.

“Apesar deste aumento no volume exportado, o mesmo já não se pode dizer com relação ao comportamento do preço no período, nem com relação ao valor bruto. O preço registou um decréscimo de 5,25 por cento, quando comparado com o segundo trimestre, e uma redução de 7,93 por cento, quando comparamos o período similar de 2023”, disse.

Quanto ao valor bruto, declarou Alexandre Garret, o decréscimo registado foi de 0,11 por cento, comparativamente ao segundo trimestre, e 6,08 por cento em comparação com o período homólogo.

O secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, que fez a abertura da sessão de balanço preliminar das exportações de petróleo bruto e gás no terceiro trimestre do ano em curso, frisou que o preço do Brent ficou marcado no período em referência por um comportamento volátil com tendência de queda.

Em declarações à imprensa, José Barroso afirmou que, em Julho, o preço atingiu cerca de 89 dólares, mas “já bem próximo do final do trimestre esse valor desceu para cerca de 70 dólares”.

José Barroso salientou que, mais uma vez, se confirma que os preços dependem das condições sócio políticas, neste momento influenciadas por situações como a que se vive no Médio Oriente.

“No final, tivemos um preço médio de cerca de 80 dólares, inferior em cerca de cinco dólares quando comparado com o trimestre anterior”, disse.

A China foi o principal país de destino das exportações de petróleo bruto angolano, com 44,31 por cento, seguindo-se a Indonésia (6,74 por cento), a Índia (6,60 por cento), o Brasil (5,67 por cento), a Espanha (4,87 por cento) e a França (4,71 por cento).

Apesar de a China continuar a liderar a lista de países que mais compram o petróleo bruto angolano, registou-se uma baixa comparativamente ao trimestre anterior, altura em que representou 57,03 por cento das exportações, facto que o secretário de Estado para o Petróleo e Gás considerou normal.

“Conforme vão surgindo novos interessados em comprar o petróleo, é normal que a gente diversifique a carteira e neste caso diminuem alguns e sobem outros”, disse.

O governante adiantou que também influenciou essa diminuição “algum decréscimo na actividade económica da China”, o que “explica uma menor procura de crude, principalmente das ramas angolanas”.

Relativamente à produção de petróleo, que no trimestre em análise atingiu pouco mais de 33 milhões de barris em Setembro, o volume mais baixo desde Abril, José Barroso disse que se tem verificado, no geral, este ano, “uma produção relativamente superior aos anos anteriores”.

“Principalmente quando comparado com 2023, e tivemos períodos de alta, mas infelizmente temos alguns períodos de baixa. A produção média vai se normalizando com alguns períodos de baixa, compensado ou não, é normal que, em Setembro, devido a actividades programadas e outras, tenhamos menos produção”, destacou.

Relativamente ao gás, as exportações totalizaram 1,3 milhões de toneladas métricas, com o gás natural liquefeito a ter maior destaque com 81,15 por cento, arrecadando cerca de 777,8 milhões de dólares.

Em relação ao trimestre anterior, as exportações representaram, de Julho a Setembro, um aumento de 24,28 por cento e a sua comercialização um crescimento de 37,73 por cento.

Em relação ao período homólogo de 2023, houve um aumento de 29,82 por cento, adiantou José Barroso, enfatizando a subida do preço do gás no mercado internacional e a aquisição, essencialmente pela Índia, do gás natural liquefeito exportado pelo país, representando cerca de 74,8 por cento deste produto.

VA

PONTUAL, fonte credível de informação.