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Jovens da Caála criam máquina de soldadura à base água

Uma máquina (electrolisador) de soldadura de metais diversos que trabalha à base água, foi criada, este ano, por dois jovens auto-didactas em Física e Química do município da Caála, província do Huambo, soube a ANGOP.

Registro autoral da fotografia

Há 10 meses
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Trata-se dos irmãos Alberto Atende Cassoma e Mário Sapato Cassoma, de 24 e 21 anos de idade, respectivamente, que em seis anos, materializaram as suas curiosidades de conhecer o valor químico do hidrogénio, cuja admiração foi decisiva para a criação do electrolisador a vapor capaz de soldar ferros, bronze, alumínio, cobre , ouro e outros metais.

O electrolisador criado funciona com  dois filtros, sendo um simples e um magnético,  um cilindro  para o armazenamento com a capacidade de quatro litros, um mecanismo de transformação de gás e uma fonte de alimentação movidos, através de um sistema a vapor, cujo processo só terminou, este ano, depois de vários ensaios do equipamento.

Os dois irmãos, de família com dificuldades económicas, residentes no bairro do CRC, arredores da cidade da Caála, centraram a sua investigação em diversos manuais sem mestre de Física, Química e vídeos de experimentação científica disponíveis na Internet.

Os investidores, sem nenhum título acadêmico em Física e Química, criaram o electrolisador  para soldadora de diversos metais  e tratamento térmico para contribuir na luta contra as alterações climáticas, numa altura em que o Governo local investe nas energias limpas, através da construção de barragens e placas solares.

Alberto Atende Cassoma carrega uma formação do ensino médio da educação feito no Magistério Primário do município da Caála, enquanto Mário Sapato Cassoma se esforça, actualmente, em terminar o curso médio das Ciência Físicas Biológicas(CFB) no liceu Francisco Fato, localizado na Centralidade Fernando Faustino Muteka.

 Alberto Atende Cassoma disse estarem a necessitar de apoios  e incentivos para se formar no curso de Electroquímica, para melhor participar nos programas de harmonização do planeta, com a redução das emissões do dióxido de carbono.

Explicou que este electrolisador, que produz oxigénio e hidrogénio, é uma proposta angolana, concebida para reduzir as emissões de dióxido de carbono com a introdução de técnicas ecológicas, capazes de buscar a harmonia do ecossistema do planeta.

Lembrou, ainda, que a atracção pelas ciências Físicas e Química é maior, mas a falta de valores monetários, dificulta estas aspirações no ramo das engenharias, que pretendem realizar outros sonhos.

Disse que, apesar das dificuldades económicas, a família apoiou naquilo que podia para a estruturação do projecto da criação do electrolisador a vapor em pleno funcionamento .

Os dois investidores sonham fazer a formação superior em Eletroquímica para alargar a sua base de conhecimentos e participar na política internacional sobre a necessidade de se reduzir as emissões de dióxido de carbono, através do fomento dos princípios ecológicos para a protecção do meio ambiente.

Pretendem tornar o equipamento mais portátil para ajudar os jovens com baixo rendimento, com foco no fomento do auto-emprego e no desenvolvimento sustentável da província.